Rasputin- O monge milagroso da Rússia
Em meio a atenção dada aos russos, a guerra e a Ucrânia,
surge das cinzas a lembrança de um mito popular chamado Grigori Rasputin, um místico
russo que esteve junto a família de governantes, Czares, e que foi morto por
uma conspiração, mas que era resistente a ser assassinado, ter o corpo fechado,
além de dons de curas e manipulação de mentes. Não é de ontem que os políticos
ou líderes religiosos manipulam mentes e enganam o povo ou a governo. Rasputin abandonou os estudos de monge, e tem
quem diga que era aldeão e analfabeto. Mas seu contato com os governantes era
tão forte, após ter curado um menino com hemofilia, da família de czares, que
teve papel importante e muita influência nesse governo russo, antes da
revolução. Rasputin, desde criança tinha a fama de ter dons de cura e hipnose.
Chega um momento que acaba por dizer que teria avistado a Virgem Maria. Ainda
participava de um grupo secreto ou sociedade secreta que unia espiritualidade e
sexualidade, o que demonstrava ainda mais a confusão envolta nesse místico
controvertido. Depois trava uma luta com outro místico francês, Gèrard Encausse,
e este último falava do perigo que Rasputin era para a Rússia, e ainda que estaria
arruinada quando ligada a esse que retratava todos os vícios. Pelo poder que
tinha junto a Czarina, muitos o odiavam.
Então, certa conspiração armou a morte de Rasputin, e este já
havia antes sobrevivido noutra oportunidade a facadas. Nessa ocasião posterior,
o envenenariam, mas isso após o convidar por mulheres, e este “santo” era um
tanto mulherengo, além de vinho e doces. Bebeu vinho envenenado, mais de 6
taças, e não teve efeito nenhum do veneno, além de comer doces envenenados. O
homem tinha o que se chama de corpo fechado. Ele estava tão bem, mesmo
envenenado, que andava, queria ir a uma festa de ciganos. No meio disso tudo,
os conspiradores o mataram a tiros, e ainda cortaram algum membro e amarraram
suas mãos e pés. Jogaram assim em um congelante rio, o corpo. Depois
encontraram o corpo do milagroso, mas com as mãos desamarradas, e constataram
que não havia morrido por tiros ou veneno, mas pelo frio, hipotermia, e
afogado. Na Rússia, como já falei, há uma especial atenção pela Igreja
ortodoxa, e a essa que se pode ligar o povo russo. Também se fala de uma Divina
Rússia, de um povo especial. Rasputin não era muito fiel a Igreja, mas
pertencia a seita secreta e tinha costumes não muito santos. Porém, sua união
com o governo russo e ainda sua fama popular, fizeram dele um mito, senão o
maior do século 20, no campo do oculto.
O mundo sempre teve esses supostos e falsos “messias”,
salvadores, mesmo charlatões, e no campo místico isso ganha mais força, uma vez
que ninguém explica, ainda mais se misturar com o paranormal, campo que hoje
estuda a parapsicologia. Governantes, sacerdotes, pastores, militares, santos
etc, sempre acabam atraindo o popular, em especial os pobres e doentes, que na
necessidade buscam uma cura ou melhora nesses messias e enviados, que
geralmente são malucos que têm o ego inflado e manipulam pelo magnetismo e
palavras enganadoras. Hoje existe muito que se assemelha a Rasputin, mesmo em
governo ou igrejas atuais. A história ensina a não se repetir os erros.
Mariano Soltys
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